quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sobre montanhas-russas e outras coisas...


Eu acho que o que mais me encanta em uma montanha-russa é o fato dela ser uma metáfora perfeita para a   vida. Desde o momento que você está na fila se preparando para o brinquedo a comparação é clara, ás vezes demora mais para chegar a hora e ás vezes menos. Assim como antes de nascer, expectativas são criadas e medos são vencidos. Você não sabe o que te espera, mas você vai. A experiência é diferente para cada um. No momento em que você está sentado no carrinho com os cintos de segurança, você sente aquele frio na barriga. Dá uma vontade de desistir, mas você não desiste. Então, começa a subida. Você fecha os olhos mas não resiste em espiar o que há em volta. E novamente, você quer pedir para parar a máquina, mas não vale a pena estragar a diversão de todo mundo. Acho que na vida também é assim, muitas vezes temos que nos sacrificar pelo bem da equipe, não é? E aí assim, altos e baixos por toda parte. Você pode gritar, chorar ou então levantar as mão e curtir o passeio. Afinal, todos ali estão passando por o mesmo que você, cada um curtindo de um jeito diferente. E como se não fosse intenso o suficiente, a vida ou a monta-russa, dá voltas inesperadas. Por um segundo está tudo de ponta-cabeça, mas logo volta ao normal. Você pode até ficar um pouco enjoado e querer abandonar tudo, mas você esperou tanto por este momento... deve aproveitar cada instante. E então pouco a pouco tudo fica mais devagar, até parar por completo. Você percebe que o passeio nem foi tão assustador quanto parecia e que apesar de milhões de coisas que poderiam dar errado, você foi destemida e se arriscou. Mas nisso tudo a montanha-russa tem uma vantagem: você pode respirar fundo e fazer tudo de novo. Já na vida...
Pensando bem, talvez eu goste de montanhas-russas simplesmente por causa da adrenalina. 

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